segunda-feira, 26 de julho de 2010

Onde vão parar os tiros para o alto?

No chão. Ou, com azar, em alguém. por Rafael Duarte

Cercado pela plebe rude, o policial saca a arma, dá um, dois tiros pra cima, todos se afastam. A cena é comum em filmes, onde, salvo o set de O Corvo, só o que sai das armas é barulho. Mas e na vida real, em que uma bala de verdade é disparada?

"Um tiro que cai do céu pode matar", diz a perita criminal Eliane Baruch, que já viu alguns casos em seus 14 anos de profissão. "Calculando o trajeto que o projétil percorreu no corpo de uma vítima, analisando sua posição na hora do impacto, a gente descobre que a morte veio de cima", explica.

Muitos fatores podem influenciar (tipo de cano, de bala, condições atmosféricas), mas, para efeitos didáticos, um hipotético tiro de um hipotético três-oitão a 90º alcançaria 742 metros de altura, quando começaria a despencar em queda livre, atingindo a velocidade máxima de 278 km/h. É muita coisa: a 180 km/h, a bala já é capaz de perfurar o corpo humano. Guarda-chuva, blindado, alguém?

- A bala sobe à velocidade de 820 km/h
- Chega a 742 metros de altura
- Na queda, a bala de 38 atinge 278 km/h
- 180 km/h bastam para a bala perfurar o nosso corpo
- 10 gramas é quanto pesa uma bala do calibre 38
- 25 segundos é o tempo que tudo isso dura

O que aconteceria se a Terra parasse de girar?

A ideia não é parte do roteiro do próximo filme conspiracionista e espalhador do caos de Hollywood, tampouco uma das possíveis catástrofes que nos açoitarão em 2012. Trata-se tão somente de uma suposição para simplesmente saber o que aconteceria no estranho e infinitamente hipotético caso de que a Terra deixasse de girar sobre seu eixo.

O mais notável é que os dias durariam um ano, o que suporia mudanças drásticas no clima e ajustes geológicos de consequências desastrosas. Mas, talvez, o mais curioso seria que a falta da força centrífuga faria com que os oceanos passassem a estar submetidos essencialmente força gravitacional terrestre.

Desta maneira a água dos oceanos iria toda para os polos formando então um novo mega-continente sobre a linha do equador interligando todos os continentes como pode ser visto na imagem que acompanha este artigo.

Witold Fraczek é o autor deste estudo catastrófico, cujos resultados foram calculados e modelados usando o ArcGIS.

A gente prefere não trabalhar. Mas somos mais felizes quando trabalhamos.


Preguiça de viver…

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Chicago (EUA) fez uma série de testes com estudantes universitários e descobriu mais um paradoxo interessante na enorme lista de esquisitices humanas: apesar de a maioria de nós, se tiver escolha, preferir ficar na preguiça, jogados no sofá e sem fazer nada (segundo eles, isso é “um resquício evolutivo que garante a conservação de energia”), todos nos sentimos mais felizes quando estamos ocupados.

E o efeito é verdadeiro mesmo quando somos “forçados” a fazer algo que inicialmente não queremos (tipo ir trabalhar numa segunda-feira, será?). No texto, os caras até brincam que uma boa forma para os governos aumentarem o bem-estar geral da população seria colocá-la para construir pontes, que nem precisariam levar a algum lugar (!). Só pelo trabalho mesmo. (Tem que ser assinante pra ver, mas o estudo completo está aqui.)

Então, alegria, gente! Hoje é segunda e vêm por aí (pelo menos) mais 5 longos dias pra trabalhar e ser muito, muito feliz.

Fonte: Ciência Maluca

Pessoas ficam mais bonitas às 4h da manhã (e a culpa não é só do álcool)


Olha pra mim, moço! Olha pra miiiiiim!

A ideia de que a beleza alheia aumenta conforme a gente bebe, o álcool faz efeito e a madrugada corre não é novidade. Certeza que muitos de vocês já até comprovaram isso na prática, né? Mas olha que interessante: a culpa não é, necessariamente, da bebida (ou, melhor dizendo, só da bebida). Três pesquisadores da Universidade de Macquarie, em Sidney (Austrália), passaram uma noite inteira acompanhando 87 voluntários em um bar local. De tempos em tempos, mediam o nível alcoólico de cada um e pediam que dessem notas à aparência das pessoas ao redor.

Eles confirmaram o que a gente já sabia: conforme foi ficando tarde, todos foram vendo mais beleza nos desconhecidos. E isso até entre gente comprometida, que nem estava procurando companhia. E, para os pesquisadores, parte desse efeito – que eles chamam de the closing time effect (o efeito da hora de fechar) – se deve, simplesmente, à exposição prolongada às mesmas pessoas. Como se a gente se “acostumasse” com elas e desse uma “colher de chá”. Além disso, eles acham que a escassez também tem culpa: como a certa altura a quantidade de pessoas no bar diminuía, quem restava parecia naturalmente mais bonito – é, por comparação.

“Esse fenômeno merece ser pesquisado não apenas por ser interessante, mas também porque acontece todas as noites, em todos os bares, em todas as cidades do mundo”, diz o estudo.

Fonte: Ciência Maluca

Equipes mal humoradas trabalham melhor


Olha aqui como eu gostei da sua ideia

No trabalho, um rabugento sozinho é só um rabugento sozinho – daqueles que a gente escolhe evitar. Mas vários rabugentos juntos formam uma equipe especialmente criativa e dedicada. É a constatação de pesquisadores da Universidade de Purdue, em Indiana (EUA), que checaram os efeitos da negatividade entre co-workers. No teste, voluntários tiveram que pensar em slogans para uma empresa fictícia após passarem por induções de bom ou mau humor (eles não dizem o que fizeram para mudar o humor do povo, mas é até divertido imaginar: “ei, você é feio!”, “nossa, como você está bonita hoje…”).

E no que deu? Os grupos mal humorados entregaram slogans mais criativos (segundo avaliação dos pesquisadores) do que os ranzinzas que trabalharam sozinhos. (Não houve o mesmo efeito em indivíduos e grupos bem humorados.) A explicação é que, quando os humores estavam em baixa, “o efeito do nível de análise na criatividade foi mediado pela persistência na tarefa de gerar o slogan”. Ou seja: por algum motivo, o mau humor compartilhado pode nos fazer trabalhar com mais afinco, o que leva a resultados melhores. Ou seja (2): aquele mala na sua equipe, no fim das contas, te deixa mais produtivo (mas só se você for um mala também, claro).

Fonte: Ciência Maluca

terça-feira, 20 de julho de 2010

Britânicos afirmam que ovo nasceu antes da galinha!


Um cientista, um filósofo e um avicultor britânicos acreditam ter resolvido, de uma vez por todas, um dos mais antigos e populares enigmas da humanidade: quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? A resposta unânime é de que o ovo veio na frente, informa hoje o jornal britânico The Times.

Em resumo, o argumento é de que o material genético não se transforma durante a vida do animal. Portanto, a primeira ave que no decorrer da evolução se tornou o que hoje chamamos de galinha existiu primeiro como embrião no interior de um ovo.

Para o professor John Brookfield, especialista em genética da evolução da Universidade de Nottingham (Inglaterra), a situação é clara. O organismo vivo no interior do ovo tinha o mesmo DNA que o animal no qual ele se transformaria. Assim, "a primeira coisa viva que podemos qualificar sem medo de engano como membro dessa espécie é o primeiro ovo".

David Papineau, um especialista em filosofia da ciência do King´s College de Londres, concorda: o primeiro frango saiu de um ovo, e é um erro pensar que o primeiro ovo de galinha foi um mutante produzido por pais de outra espécie.

"Se dentro do ovo existe um frango, então é um ovo de galinha. Se um canguru pusesse um ovo, e dele saísse um avestruz, o ovo seria de avestruz e não de canguru", conjeturou Papineau.

O jornal cita ainda Charles Bourns, granjeiro e presidente de uma entidade do setor avícola, que quis contribuir para o debate. "Os ovos existiam antes de nascer o primeiro pintinho. Claro que talvez não se parecessem com os de hoje", disse.

Chuva faz a gente trabalhar mais


Profissional exemplar?

Daí a economista Marie Connolly, da Universidade de Princeton (EUA), cruzou dados oficiais sobre a rotina de trabalho dos americanos a registros de estações meteorológicas do país inteiro. O objetivo: descobrir se um dia chuvoso afeta o número de horas diárias em que um profissional comum trabalha. E afeta sim – quase nada entre as mulheres, mas bastante entre os homens (e de um jeito não tão óbvio). O estudo mostra que o homem passa, em média, 30 minutos a mais no trabalho em dias de chuva. O expediente estica ainda mais quando se fala em cidades de clima tradicionalmente seco: aí são quase 50 minutos extras de labuta quando chove. (No caso das mulheres, os resultados foram bem menos significativos, provavelmente porque a maioria dos dados analisados era de “cobaias” masculinas: até onde se sabe, o tempo ruim faz elas trabalharem só três minutos a mais.) E a explicação para esse “profissionalismo” todo é que a chuva diminui o nosso pique de sair por aí e investir em atividades externas, o que remaneja parte do tempo, que seria reservada ao lazer, para o trabalho. Opa, o que você perguntou aí? Por que essa gente não aproveita a chuva e fica na cama até mais tarde, em vez de trabalhar mais? Pois é, também não entendi essa parte. (O estudo completinho aqui.)

Fonte: Ciência Maluca